sábado, 5 de março de 2016

Capítulo 02 - Sonho de Noites Passadas e Inúteis


Eu acabei voltando, não era minha vontade na verdade
Chega-se um tempo em que o túmulo parece ser um amigo te chamando
A dor pede um alívio, a morfina e a cocaína não confortam o suficiente quanto a frieza do caixão

Meros (des)conhecidos
Você nunca se interessou em me conhecer mesmo
Onde está aquela massagem pra amassar meu pão?

Me lembra dos cafunés da infância
E do quanto eu queria um alguém pra me dar uns logo logo
Mas ninguém deu as caras nunca, pois não se perde tempo com trapos velhos
Sonhava com o altar da igreja e eu esperando uma dama de branco
A deslizar ante meus olhos uma tal de paixão sem fim
(E os corações duros das meninas fod*nas moderninhas já gritam "é gay demais esse poeta otário")
(Já outras dirão "que fofo", mas isso não é o suficiente. Não sou um bicho de pelúcia, sou humano e solteiro e um maior abandonado que lembra de sonhos infantis adultos demais da conta)
Fazer felicidade para alguém e ser feliz por extensão, que desejo impossível me parece ele
Ninguém dá a mínima mesmo pra toda essa bobagem
E eu que sou um imbecil por continuar a falar dessa merda toda, você só lê e lê e lê e lê e as vezes ri
E mesmo que chorasse suas lágrimas não iriam diminuir meu mar

Um toco sem vida, dos "tocos" do passado, sim, obrigado, prazer, até outro dia

Nenhum comentário:

Postar um comentário